Descubra qual é a origem dos mapas

11 de abril de 2023 4 mins. de leitura

O Imago Mundi babilônico, do século 6 a.C., é um dos mais antigos; conheça outros e veja como a tecnologia mudou o processo de produção desses documentos

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Mapas servem para uma infinidade de objetivos; desde um guia para ajudar a ir de um ponto a outro até uma miscelânea de informações, e não é de hoje que eles são usados. O mais antigo registrado, o Imago Mundi babilônico, data do século 6 a.C.  

Conheça outras informações sobre qual é a origem dos mapas e a importância deles para a humanidade. 

História e origem dos mapas 

Os mapas nada mais são que objetos da cartografia, que é um estudo gráfico sobre a representação do que conhecemos, inclusive aspectos geográficos, mas não restritos a eles. No passado, muito antes do Imago Mundi, estima-se que no século 12 a.C. os mapas eram usados para registrar as constelações. 

Os gregos estão entre os povos que, munidos de um espírito aventureiro, decidiram registrar o espaço para desbravar outras terras seguindo mares e oceanos. No século 1, o cientista e matemático grego Ptolomeu foi considerado um dos primeiros a indicar fatores como latitude e longitude nos mapas. O feito foi tão importante que, a partir do século 15, serviu como base para a cartografia praticada ao longo da Idade Média. 

Antes disso, porém, outras personalidades marcaram a história dos mapas. É o caso do mapa medieval no modelo T e O, cuja origem é atribuída ao monge espanhol Beatus de Liébana. Basicamente, o documento era usado para identificar e localizar locais narrados na Bíblia. 

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Em 1154, o geógrafo árabe Muhammad al-Idrisi criou a Tabula Rogeriana, que tem uma particularidade: foi desenhada orientada pelo polo Sul, de modo que apresenta o mundo de cabeça para baixo. Para tanto, o geógrafo se pautou em depoimentos de viajantes e comerciantes que transitaram pelos locais registrados. O documento foi feito especialmente para o então rei da Sicília, Roger II. 

A cartografia medieval chegou ao apogeu em 1375, sob a tutela do cartógrafo judeu Abraham Cresques. Ele criou o Atlas Catalão que, entre outros locais, indica regiões como o Oriente e o Ocidente.  

Em 1489, com o advento da Era dos Descobrimentos, os mapas passaram a registrar uma geografia próxima do que conhecemos hoje. Entre os responsáveis por isso estão o cartógrafo alemão Henricus Martellus, que se inspirou em Ptolomeu e até nas viagens de Marco Polo para desenhar o mapa de Marcos

Desde a origem, mapas servem para registrar o espaço geográfico e até o céu, servindo de guia para navegadores. (Fonte: Getty Images/Reprodução) 

Séculos depois, em 1736, o arquiteto italiano Giovanni Battista Nolli inaugurou um novo momento na história dos mapas, criando uma versão mais detalhada das cidades, o que passou a receber o nome do criador: mapa de Nolli. Uma das versões mais conhecidas foi a encomendada pelo então Papa Bento XIV, que detalha a cidade de Roma. Serviu para entender questões importantes para a vida em sociedade, como o planejamento urbano

Como a tecnologia mudou os mapas atuais 

Nos dois últimos séculos, a história dos mapas mudou significativamente, sobretudo com o avanço da tecnologia. Uma parte considerável dos estudos cartográficos utiliza softwares do tipo GIS, que consistem em um Sistema de Informação Geográfica.  

Tal tecnologia considera, por exemplo, uma vasta gama de base de dados, entre eles imagens de satélite, o que torna ainda mais preciso o registro dos espaços. 

A tecnologia tem sido um recurso valioso no processo de mapeamento de territórios, seja de espaços urbanos, seja de espaços inabitados, como zonas rurais e desertos. O papel dos mapas é fundamental para realizar o planejamento espacial, organizando a vida social. Dessa forma, as cidades continuam se expandindo, porém de forma ordenada, facilitando questões como a mobilidade

Fonte: World Economic Foru, Arch Daily, British Library, Congress for the New Urbanism (CNU), University of Southern California, 

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