Inspire-se no Dia Mundial do Urbanismo (8) e conheça cidades que se destacam por um urbanismo sustentável, com ações de mobilidade e de diminuição da poluição
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A urbanização é um fenômeno consolidado: até 2030, 60% da população mundial devem morar nas grandes cidades. No modo como isso tem ocorrido, há um custo alto, com aumento da poluição, falta de moradia e de condições de saneamento para todos, impermeabilização de solos, desmatamento, concentração da emissão de gases causadores do efeito estufa, dejetos lançados em rios e vários outros problemas.
Diante disso, cientistas, ativistas e políticos globais perceberam que o mundo precisa de uma urbanização diferente, que respeite o meio ambiente e as pessoas e permita o crescimento das cidades sem o esgotamento de recursos. Mas será que um urbanismo sustentável é acessível?
Essa pergunta ainda não tem uma resposta definitiva, mas diversas cidades estão dando exemplo por meio de ações sustentáveis em diferentes frentes da vida urbana. A seguir, vamos conhecer alguns desses locais que cooperam com o urbanismo sustentável e propõem uma nova forma de encarar o planejamento urbano.
Em 2022, Estocolmo foi a grande cidade com o menor índice de emissões poluentes da Europa, segundo o índice Sustainable Cities Index Universe. Com quase 1 milhão de habitantes, a capital da Suécia tem o menor número de carros por casa entre as cidades analisadas. Isso só é possível graças ao investimento maciço nas formas mais sustentáveis de transporte, como no transporte público e na infraestrutura para caminhadas e ciclismo. Além disso, a capital tem um dos maiores índices de investimento em ações de política de energias renováveis.
Paris tem se destacado nos últimos anos com uma série de medidas para promover uma mobilidade urbana melhor e mais sustentável. A cidade se comprometeu em reduzir as emissões poluentes em 75% até 2050 e para isso já investiu mais de 320 milhões de euros em ações para arborizar e recuperar a vegetação local.
Além disso, o famoso destino turístico tomou a medida drástica de banir o trânsito em um raio de 14 quilômetros no centro da cidade. A medida entra em vigor em 2024 e deve reduzir as emissões poluentes, incentivando o uso do transporte público e da mobilidade ativa.
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Já pensou em uma grande cidade onde quase metade dos habitantes usa a bicicleta como principal meio de transporte diariamente? Pois é, essa é Copenhague. Segundo dados do Cycling Embassy of Denmark, 45% das pessoas que moram na capital se deslocam todos os dias por meio de bicicletas.
Para que isso funcione, a cidade tem a melhor estrutura cicloviária e para caminhadas do mundo. Toda a região é cortada por ciclofaixas, que têm a preferência no trânsito em muitos dos principais cruzamentos.
Não dá para citar bicicletas e não falar de Amsterdã. A capital holandesa tem 800 mil habitantes e cerca de 880 mil veículos desse tipo. Não é apenas a cultura da bike que coopera para menor poluição e urbanismo mais sustentável, mas também as opções de modais no transporte público, que são várias: trams (espécie de bonde elétrico), trens, ônibus elétricos, metrôs, barcos e trens de alta velocidade.
Com tantas possibilidades assim, fica até difícil justificar ter um carro parado na garagem, não é?
A Islândia tem cerca de 330 mil habitantes, e 130 mil deles vivem em uma única cidade: a capital Reiquiavique. Destaque em diversas ações de urbanismo sustentável, lá a oferta de carros elétricos é uma das maiores do mundo e, para que isso seja possível, diversos locais contam com estrutura para recarga. Assim, 15% da frota de veículos são elétricos, número bem superior à média das cidades europeias, que é de 1,5%.
Além disso, a cidade conta com a melhor rede de fibra óptica do mundo: 100% dos habitantes estão conectados à rede, que pode atingir a velocidade de 500 megabites por segundo. Assim, é possível acessar uma série de serviços do governo que permitem aprimorar a mobilidade urbana.
A região também é pensada para pedestres, com diferentes pontos de aquecimento e iluminação planejada. Outro detalhe é que o país usa majoritariamente a energia geotérmica, que é menos poluente do que outros tipos de energia, e é renovável.