Drenagem urbana: entenda qual é a sua importância para as cidades

27 de setembro de 2023 5 mins. de leitura

Saiba mais como funcionam os diferentes sistemas de drenagem urbana

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A drenagem urbana e o manejo de águas pluviais são indispensáveis para a boa manutenção das ruas, pois coletam e direcionam a água para um local apropriado. Com isso, evita-se que a capacidade de retenção local seja excedida, como o observado na ocorrência de chuvas mais volumosas, sobretudo em áreas mais vulneráveis ou próximas às margens dos rios.

No contexto do saneamento básico, ao mesmo tempo em que responde pela redução do risco de transbordamentos, ela contribui com a formulação de planos de contingência, o que proporciona maior segurança e reduz a formação de áreas de risco, bem como de perdas materiais para a população e o poder público.

A seguir, entenda como projetos que atuam nesse sentido são formulados e postos em prática nas cidades, além de quais são os principais desafios enfrentados.

A drenagem urbana desempenha um papel estratégico na redução de danos materiais provenientes de eventos climáticos extremos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
Drenagem urbana desempenha um papel estratégico na redução de riscos e danos materiais provenientes de eventos climáticos extremos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Aplicação da drenagem urbana nas cidades

De forma geral, a drenagem urbana engloba uma infraestrutura complexa e que permite que as cidades funcionem adequadamente. Ela diz respeito a diversas atividades, passando por transporte, retenção e tratamento das águas, o que inclui pensar nas instalações necessárias para uma boa condução.

Desta forma, a drenagem urbana se faz presente nos diversos espaços, passando pelo próprio pavimento das ruas, bueiros, galerias e das valas, que muitas vezes passam despercebidos — ou melhor, que apenas chamam a atenção quando a sua função não é devidamente executada, com a redução da circulação de veículos e pedestres em virtude de alagamentos.

Pensando nisso, na análise de uma determinada região, diversos parâmetros devem ser considerados, como a intensidade das chuvas, e também o próprio relevo e as características do solo. As estimativas, portanto, exercem um papel estratégico, já que determinam a condução dos projetos que são formulados e reforçam o seu caráter multidisciplinar.

No que diz respeito à infraestrutura, ela pode ser desenvolvida tanto para reter quanto para transportar a água. Enquanto no primeiro caso o volume escoado é o principal valor a ser considerado, no segundo a vazão de escoamento superficial e o período de retorno devem ser levados em conta.

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(Fonte: Getty Images/Reprodução)
Nos projetos de drenagem urbana, a vazão máxima de escoamento é um parâmetro adotado para controle das cheias e da erosão. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Conceito de microdrenagem e macrodrenagem

Os sistemas de drenagem, por sua vez, podem ser de dois tipos, de acordo com as dimensões apresentadas: microdrenagem macrodrenagem. Na primeira, o foco consiste na coleta e direcionamento das águas a nível local, sejam elas subterrâneas ou superficiais, por meio de galerias de pequena e média extensão.

Já a macrodrenagem abrange as galerias de grande porte e ainda inclui os rios canalizados e outros canais. É por meio dela que ocorre também a condução das águas captadas no sistema de microdrenagem, evitando a formação de enchentes e de danos provenientes de precipitações de risco elevado.

No País, esses sistemas são conceituados por meio da Lei 14.445/2007. Vale lembrar que, com o processo de urbanização desenfreado, a aplicação da drenagem urbana pode se mostrar bastante desafiadora, já que há diversos problemas presentes nas cidades.

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Na ausência do serviço de drenagem, os custos e as perdas envolvidas em qualquer tipo de projeto urbanístico aumentam substancialmente. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Desafios presentes na condução dos projetos

Dentre os desafios observados, pode-se destacar a massiva impermeabilização do solo, provocada pela formação de aglomerados populacionais, o que reduz a capacidade de absorção das chuvas e aumenta o risco de inundações e enchentes e agrava a erosão.

desmatamento (que inclui as áreas das matas ciliares) e a ocupação irregular das margens dos rios também se fazem presentes. A obstrução de canais, comumente provocada pelo descarte irregular do lixo e acúmulo de resíduos, constitui um outro fator que prejudica bastante a aplicação do seu conceito, além de agravar os problemas de poluição das águas e a proliferação de doenças, como a leptospirose.

Sob o ponto de vista estratégico, a ausência de planejamento é um dos principais entraves percebidos na atualidade. Muitas vezes, ela ainda é somada à aplicação de ações paliativas bastante restritas, o que evidencia como soluções de médio e curto prazo devem ser priorizadas para promover uma melhor qualidade de vida à população.

Fontes: Governo do Estado do Paraná, Cepal – Organização das Nações Unidas, Fundação Nacional de Saúde

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