Capital da Suécia será ponto de instalação de uma intrincada rede de edifícios de madeira
Publicidade
Estocolmo é uma cidade que já se destaca mundialmente por sua mobilidade urbana, enfatizando o incentivo à caminhabilidade, ao deslocamento ativo e à segurança. Entretanto, a capital da Suécia não para por aí. Um novo projeto visa criar soluções para a demanda de escritórios comerciais mais perto de zonas residenciais. Para fazer isso, a empresa Atrium Ljungberg propôs a construção de uma “cidade de madeira”.
O projeto engloba a construção de 30 edifícios de madeira, espalhados por mais de 25 quarteirões. A empreitada, que almeja erguer a maior “cidade de madeira” do mundo, contará com 250 mil metros de construções feitas apenas em madeira. Quando completada, a obra deverá entregar 7.000 novos escritórios e mais 2.000 unidades residenciais.
Em comunicado divulgado pela Atrium Ljungberg, a CEO Annica Ånäs sublinha a importância do projeto no cenário da construção civil atual. De acordo com o documento, os edifícios e o modo atual das construções de concreto e aço são responsáveis por até 40% das emissões mundiais de CO2.
Para combater esta realidade, a empresa sueca usará o método de construção com mass timber, um compósito de várias camadas de madeira, o que maximiza a resistência e a durabilidade dos materiais utilizados. As obras devem começar em 2025 e serem concluídas em 2027. A construção em madeira gera menos ruído e é mais rápida; além disso, pode gerar até melhoras no que diz respeito ao bem-estar, auxiliando na redução do estresse e no aumento da produtividade.
Leia também:
A maior “cidade de madeira” do mundo também é uma construção estratégica na busca por uma cidade com constantes melhorias na mobilidade urbana. As maiores áreas residenciais de Estocolmo se localizam no Sul, enquanto as vagas de emprego se concentram no Norte. A nova obra será realizada em uma antiga zona industrial e pretende reequilibrar a oferta de empregos próximos a áreas residenciais.
O projeto está alinhado à busca pela cidade de 15 minutos. Tal conceito da mobilidade urbana diz respeito às cidades que se planejam para oferecer uma variedade de serviços a seus cidadãos, que possam ser acessados por uma breve caminhada ou por bicicletas. Isto diminui a necessidade do uso de carros e veículos particulares, reduzindo a poluição sonora e do ar.
Para ficar em harmonia com uma cidade que preza pelo transporte público, o novo núcleo urbano contará com uma estação de metrô que o ligará ao centro da cidade. Porém, a ideia do projeto é criar uma grande área de convivência, onde a maior parte das tarefas cotidianas possa ser resolvida com uma caminhada.
A cereja do bolo em relação à sustentabilidade do projeto é a forma de produção de energia elétrica. Ela será produzida através de painéis solares instalados nas construções, armazenada e compartilhada por todo o complexo. A empreitada, que deverá ser concluída em dois anos após o início das obras, será inovadora por utilizar as mais modernas técnicas de construção em madeira em um projeto com grande variedade de edifícios. Até então, estas técnicas apenas foram utilizadas em edifícios individuais.
Fonte: Atrium Ljungberg, Inova Social, Estadão, en-vols, cision