Como a arquitetura sustentável pode melhorar a mobilidade urbana?

26 de outubro de 2022 4 mins. de leitura

A resposta pode estar na integração de diferentes recursos na hora de promover a arquitetura sustentável

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Os desafios contemporâneos para promover o desenvolvimento sustentável ainda são significativos no mundo todo. No entanto, é possível observar o maior empenho de iniciativas que têm surgido para melhorar esse cenário — dentre elas se destaca a Agenda 2030, um plano proposto pela Organização das Nações Unidas (ONU) que consiste na promoção de 17 objetivos de desenvolvimento sustentável.

No Brasil, houve certa estagnação no cumprimento dessas metas em meio ao cenário econômico menos favorável, além do ajuste fiscal que acabou limitando o investimento público nos últimos anos. Portanto, buscar formas de reverter esse quadro no futuro exigirá investimentos contínuos, mas também abre espaço para que a iniciativa privada tenha a possibilidade de contribuir com recursos.

A arquitetura sustentável pode ser um dos principais agentes para obter avanços nesse sentido. Quando se fala nisso, a palavra-chave é utilidade, pois esse é o papel que representa para os usuários, e a integração com o espaço urbano define sua importância. Além disso, o investimento na arquitetura sustentável pode viabilizar a inovação e a solução de problemas de transporte ao mesmo tempo que beneficia a agenda verde.

As cidades enfrentam grandes desafios de mobilidade e abrem espaço para a adoção de soluções que também promovem uma agenda sustentável. (Fonte: Pexels/Reprodução)

Caminhos da arquitetura sustentável na mobilidade

Quando relacionada à mobilidade urbana, a arquitetura sustentável pode atuar de diferentes formas para cumprir a finalidade que tem, podendo servir como uma ferramenta para combater muitos dos problemas atuais, como o fato de os veículos individuais ainda serem bastante utilizados.

Além de destacar a necessidade de investir em formas de atrair mais usuários para o transporte público, dá a oportunidade de ampliar tanto a frota de veículos menos poluentes quanto espaços que facilitem o fluxo de passageiros e atendam à demanda. Por isso, pensar em cada aspecto dos projetos é essencial desde o início do planejamento.

Para ilustrar o potencial de uma obra de se integrar à comunidade de forma sustentável, há um caso interessante: Melbourne (Austrália). A cidade abriga uma das construções que hoje é referência em arquitetura sustentável, o Council House 2, prédio da prefeitura.

O edifício produz energia solar e eólica e foi desenvolvido para atenuar o desconforto em meio às variações de temperatura com sistemas de aquecimento e refrigeração sustentáveis. Capaz de reduzir o consumo de eletricidade em 82% e o de água em 72%, o local também conta com 20 vagas de estacionamento que podem ser facilmente convertidas em escritórios.

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(Fonte: Unsplash)
Além de utilizar materiais renováveis na remodelação do espaço urbano, é importante investir no aproveitamento da energia solar. (Fonte: Unsplash/Reprodução)

Benefícios para o futuro

O incentivo desse modelo de construção destaca alguns benefícios: se economizar recursos e aproveitar espaços de forma eficaz e ecológica é essencial, pensar em soluções completas para mobilidade também é um dos objetivos que devem nortear os projetos.

Para que isso ocorra em uma escala maior, no entanto, é crucial avaliar continuamente não só as necessidades dos usuários, mas também as projeções populacionais. Estima-se que a população mundial deva saltar de 8 bilhões para 9,7 bilhões de habitantes em 2050, o que eleva os desafios na busca por soluções inovadoras que atendam à agenda verde.

Além de promover a preservação ambiental, o planejamento urbano deve levar em consideração pilares que ofereçam recursos de mobilidade eficientes e de melhoria na qualidade de vida das pessoas para obter sucesso.

Quer saber mais? Confira aqui a opinião e a explicação de nossos parceiros especialistas em Mobilidade.

Fonte: Cidades Sustentáveis, ONU, Câmara dos Deputados

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