Desenvolvimento de veículos autônomos deve impulsionar transformações em uma gama de serviços
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O desenvolvimento de carros autônomos tem sido acompanhado por uma série de avanços tecnológicos, de modo que seja apontado como o caminho para que diversos públicos se desloquem com maior comodidade.
Dentre os benefícios relacionados ao seu emprego, podem ser apontados: a economia de combustível, o menor desgaste do veículo e, até mesmo, o aproveitamento do tempo que seria utilizado para dirigir um automóvel.
Para os que se perguntam o que esperar do futuro dos carros autônomos, um relatório da McKinsey, empresa de consultoria de gestão estratégica, elenca desafios, tendências e perspectivas deste modelo de transporte que promete revolucionar a mobilidade urbana.
Em meio à esperada redução de acidentes, por exemplo, o relatório destaca a possibilidade que o mercado de seguros passe por uma remodelação, de modo que o motorista seja beneficiado por contratar um serviço mais personalizado.
Por outro lado, um dos desafios presentes diz respeito à maior cautela em relação ao uso de veículos conduzidos totalmente de forma autônoma. Refletida na redução do percentual de interessados neste tipo de veículo dentre consumidores, o índice passou de 35% em 2020 para 26% em 2021.
Esse cenário, ao mesmo tempo em que se mostra mais desafiador, abre uma janela de oportunidade para que o público seja convidado a testar e conhecer melhor o funcionamento de um carro autônomo, desmistificando, assim, algumas impressões que não condizem com a realidade do seu uso no dia a dia.
Tratando-se de veículos pesados, o relatório ainda destaca que várias localidades — sobretudo China, Israel, Estados Unidos e Europa —, já avançaram na regulamentação de serviços de ônibus robóticos. Uma vez que as empresas em operação nesses locais avançarem nos testes, a tendência é que eles entrem em circulação já nos próximos anos.
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Por ora, com o crescente uso de caminhões autônomos entre as empresas, é possível ter um vislumbre das mudanças pelas quais os serviços estão passando, resultando em economia de combustível, redução de esforço para realização de trabalhos repetitivos e no aumento da eficiência.
Neste cenário, um outro serviço que pode ser impulsionado é o de assinatura de veículos. Em meio ao menor apego à noção de posse do carro, somada à busca pela redução de custos com impostos e compra do automóvel, há perspectiva de que esse serviço também ofereça a oportunidade do público levar o veículo autônomo para as ruas.
Já em 2022, inclusive, a McKinsey apontou a tendência de que os táxis-robô tenham um custo menor à medida que a operação de condução autônoma avançar e, simultaneamente, for acompanhada pela redução no valor dos componentes (como os chips de alto desempenho). Dessa forma, há a possibilidade de que o custo desse tipo de transporte seja reduzido em mais de 50% entre 2025 e 2030.
De forma geral, a expectativa é de que a direção autônoma possa gerar de US$ 300 a 400 bilhões em receitas até 2035, refletindo em oportunidades de atuação para diversos ramos, como fabricantes de veículos e desenvolvedores de software e hardware — o que tende a privilegiar aqueles que se especializarem e inovarem nessas áreas.
Fonte: McKinsey