Faixa de pedestre 3D vem ganhando cidades adeptas
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Apesar de todas as campanhas educacionais e as pesadas multas para quem desrespeita as faixas de pedestres, muitos motoristas mundo afora ainda colocam em risco a vida de quem quer atravessar a rua. Pensando em uma forma barata de resolver o problema, artistas da Índia desenvolveram uma técnica de urbanismo tático bastante inovadora: a faixa de pedestre 3D.
A faixa de pedestre 3D consiste na realização de pinturas na faixa de pedestre que, dependendo do ângulo observado, parecem se tornar objetos sólidos flutuando sobre a pista. As pinturas são feitas de modo que passem essa impressão aos motoristas a alguma distância, chamando a atenção e fazendo que eles diminuam a velocidade para evitar algum tipo de colisão. Depois de determinado tempo, os olhos se acostumam e percebem que tudo não passa de ilusão de óptica, mas com isso o efeito de reduzir a velocidade já foi garantido.
Na Índia, as faixas de pedestre 3D ganharam a aceitação do governo e começaram a ser instaladas em várias localidades, principalmente próximo a escolas. China, Islândia e Geórgia são outros exemplos de países que adotaram a técnica oficialmente.
No Brasil, algumas cidades têm experimentado a faixa de pedestre 3D. É o caso de Votorantim (São Paulo), que adotou a faixa em alguns pontos do município como uma das medidas realizadas no 56º aniversário da cidade.
Primavera do Leste (Mato Grosso), a 239 quilômetros da capital, Cuiabá, também adota a faixa de pedestre 3D desde 2017. O maior município a utilizar essa técnica é Santo André (ABC paulista — SP), com mais de 500 mil habitantes.
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Outra forma de intervenção urbana relacionada a faixas de pedestres foi a das cidades cearenses Sobral e Fortaleza. Em campanha contra o preconceito à população LGBTQIA+, nas cidades foram pintadas algumas faixas de pedestres com as cores do arco-íris.
Apesar de as faixas de pedestres 3D e outras técnicas de intervenção urbana terem ganhado municípios adeptos por todo o mundo, no Brasil a prática pode ser considerada ilegal. Isso porque segundo o artigo 80 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que dispõe sobre as regras para as faixas de pedestre, qualquer sinalização que não cumpra as normas é proibida.
Ainda existe a normatização complementar para a sinalização horizontal, no Anexo II do CTB, e pela Resolução nº 236/2007 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Essas regras exigem que a faixa de pedestres seja branca, para contrastar com o cinza do asfalto e deve apresentar bom estado de pintura e de higiene.
A única exceção para a cor da faixa de pedestres é para campanhas de caráter experimental desde que sejam por tempo predefinido e previamente aprovadas pelo Contran. Logo, muitas experiências de urbanismo tático podem estar irregulares no Brasil.
Fonte: Autovídeos, Hypeness, CNT, prefeitura de Santo André.